Por Joana Patacas*, em 22 de outubro de 2024
João Paulo Moreira é um pianista que combina uma técnica irrepreensível com uma profundidade emocional rara que o distinguem no mundo da música clássica.
O seu repertório inclui quase sempre obras de Liszt nos seus recitais, seja com os virtuosos “Transcendental Études”, “La campanella” ou as desafiantes transcrições e paráfrases de óperas de vários compositores. É detentor de sérias interpretações das últimas sonatas de Beethoven e ainda das “Baladas” de Chopin. Frequentemente apresenta também obras como o “Islamey” de Balakirev, obra conotada como uma das de mais difícil execução de todo o repertório pianístico.
“Música é emoção, sentimento e uma forma de transcendência, que não encontro na religião ou em interações humanas.”
Fez um percurso formativo de excelência. Concluiu o conservatório com nota máxima sob orientação da Professora Maria do Céu Camposinhos. Graduou-se em piano na ESMAE com os "Transcendental Études" de Liszt. Pós-licenciatura, estudou também com o professor Luís Pipa e, posteriormente, completou o mestrado em ensino da música na mesma instituição, orientado pela Professora Sofia Lourenço. Atualmente, realiza o seu doutoramento na Universidade de Aveiro e é investigador do INET-md. Recentemente, especializou-se em piano com elevada classificação na prestigiada Musikhochschule Münster, onde estudou com Peter von Wienhardt.
“A música encapsula tudo o que normalmente não expresso no dia-a-dia. Ela é sentimento, espiritualidade, e transcendência; alimenta-me de uma forma que poucas outras coisas conseguem. Tem sido um canalizador e balanceador das minhas emoções.”
Nos últimos anos, tem consolidado a sua reputação como virtuoso do piano, mas também se tem destacado como um exemplo de resiliência, superando desafios e expandindo suas fronteiras geográficas e musicais. Além de sua carreira como intérprete, é também um dedicado professor de música há 16 anos, partilhando a sua paixão com a próxima geração de músicos.
“O meu objetivo é fazer com que a experiência musical seja uma hora positiva na semana e na vida dos alunos. Quero que, no futuro, eles olhem para trás e pensem com carinho nas aulas que tiveram comigo, lembrando-se de mim como alguém que contribuiu positivamente para a sua trajetória musical.”
Prestes a lançar o seu primeiro álbum, João Paulo Moreira tem um histórico impressionante, com recitais e concertos em diversas cidades portuguesas e palcos internacionais. O seu talento e virtuosismo tem sido reconhecido em diversos concursos internacionais, incluindo a distinção com o 2º Prémio no Concurso Internacional de Piano Calabria 2023 e ter sido um dos três finalistas no Festival Internacional de Piano e Orquestra de Guadalajara, México, onde interpretou o Concerto nº 5 de Beethoven, o "Imperador", no Teatro Degollado, com o apoio da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro e da Fundação GDA.
“Há o lado profundamente imersivo de estar cercado por tantos músicos a executar a mesma peça. Quando toquei com a orquestra no México, mesmo durante os ensaios, senti uma conexão quase palpável com os músicos. Conseguia ouvir as suas respirações sincronizadas com a minha, numa espécie de simbiose, e isto antes de tocarmos qualquer nota.”
Nesta entrevista exclusiva à SMARTx, João Paulo Moreira revela a profundidade de um artista que vê na música não apenas uma profissão, mas uma forma de expressão emocional e espiritual que transcende o quotidiano. Partilha reflexões sobre a sua trajetória musical, a evolução da sua carreira, e os desafios e recompensas que enfrenta como músico numa era digital, mas também sobre a importância da gestão de tempo e da adaptação às exigências do mercado musical.
Quando é que a música entrou na sua vida?
Muito cedo. A minha mãe toca órgão na missa e desde pequenino que ia à missa com ela e observava-a a tocar. Este meu primeiro contacto com a música despertou logo a minha curiosidade, levando a que começasse a minha formação musical aos oito anos.
Foi com naturalidade que começou a tocar piano?
Sim, sempre tive uma facilidade física inata para coordenação e sentido rítmico. Desde o início, foi muito fácil, e eu acho que a curiosidade que já estava despertada naquela época também contribuiu para que tudo fosse muito engraçado, dinâmico e natural.
Quando é decidiu que queria ser músico profissional?
Quando era criança, a minha ideia inicial era tocar os sons que ouvia nas músicas dos desenhos animados. Depois comecei a estudar repertório clássico, que passou a ser muito mais exigente a partir dos 16 anos. As minhas performances tornaram-se mais interessantes e o meu próprio pianismo virtuosístico começou a emergir. Foi nessa altura que comecei a perceber que gostava muito de tocar piano e que o fazia bem, e foi assim que me fui apercebendo de que o meu caminho poderia passar por ser músico profissional.
Quem foram os professores que mais o marcaram durante a sua formação musical?
Uma das pessoas que mais me marcou foi a professora Maria do Céu Camposinhos.
O impacto dela é especialmente relevante para mim hoje em dia, pois estou prestes a lançar o meu primeiro álbum. Recordo-me vividamente de um momento quando tinha cerca de 15 ou 16 anos, em que ela entrou na sala de aula e me entregou um CD dela. Naquele instante, pensei: "Eu não posso morrer sem fazer isto." Naquela época, para mim, a ideia de gravar um CD parecia quase inatingível, algo reservado apenas para os incrivelmente talentosos e afortunados. Mas esse desejo acabou por moldar a minha trajetória, reforçando a minha decisão de investir a sério na minha formação e carreira musical. Agora, ao realizar esse sonho do álbum mais de duas décadas depois, não podia deixar de destacar a importância e o exemplo da professora Maria do Céu. Também quero mencionar a professora Sofia Lourenço. Fiz a licenciatura em piano sob a sua orientação e trabalhei com ela no Mestrado em Ensino da música. Mais do que uma professora, ela é uma amiga com quem mantenho uma relação próxima. É uma orientadora, uma amiga, mas, acima de tudo, uma sempre pessoa disponível para ouvir e dar a sua opinião.
Qual foi um dos maiores desafios da sua carreira artística?
Ter decidido afastar-me completamente do piano entre 2015 e 2020. Foi uma escolha pessoal, mas necessária. Continuei a dar aulas, mas precisava de uma pausa. Sentia-me muito cansado por causa do esforço e da dedicação que uma carreira profissional exige, mas este interregno também serviu para perceber que não consigo abdicar do piano. E tentei… Cheguei a vender o piano que tinha em casa por duas vezes e fechar essa porta, mas não adiantou, e ainda bem, porque o piano faz parte de mim. Quando fiz provas para o Doutoramento há cerca de três anos sabia que estava à procura de uma forma para voltar a estudar piano outra vez. Esse primeiro ano foi decisivo e a partir daí consegui dar um novo impulso à minha carreira. Sou investigador do investigador do INET-md na Universidade de Aveiro, tenho participado em concursos e festivais, tocado a solo e com orquestra e terminei este ano uma especialização em performance na Alemanha
Foi admitido na prestigiada Musikhochschule Munster sob a orientação do pianista e pedagogo Peter von Wienhardt. Como foi essa experiência?
No início, foi peculiar, porque o aluno mais velho a seguir a mim tinha 26 anos – sendo que eu tenho 39. Já dou aulas há 16 anos e tinha idade para ser professor deles, o que me fez redescobrir a importância da humildade. Embora já tivesse adquirido muitos conhecimentos ao longo da vida, estava muito consciente de que precisava de voltar a estudar e por isso foquei-me em ouvir e reaprender. Não foi um processo fácil, mas foi uma experiência muito importante, que, inclusivamente, reforçou a minha autoestima. Depois de ter desistido do piano, ter sido admitido numa instituição de grande prestigio no estrangeiro deu-me muita força.
Que diferença observou no sistema de ensino alemão em comparação com as suas experiências anteriores?
Para começar, o nível da universidade onde estive é simplesmente extraordinário. No ano em que concorri, segundo o que me foi dito pelo meu professor de piano, competi com uma meia dúzia de jovens que tinham acabado de ganhar os maiores prémios em alguns dos mais prestigiados concursos internacionais de piano. Esse é o calibre dos estudantes lá. Quando entramos numa sala ou estamos à espera da nossa vez, parece que estamos a ouvir álbuns gravados e não pessoas reais. É essa a qualidade do que se ouve. E depois há todo o ambiente envolvente: os pianos são imaculados, há uma loja da Steinway ao lado da escola e respira-se música por todo o lado. É como se todos os requisitos necessários estivessem reunidos naquele lugar. E claro, isso é extremamente motivador. Foi um ano extremamente positivo. Avancei imenso, tanto tecnicamente como musicalmente. As referências auditivas que adquiri, tudo o que toquei, os colegas que ouvi, e a influência do meu professor, tanto como docente como performer, foram inestimáveis. O Peter von Wienhardt é um artista incrível e tem uma carreira notável.
É professor há 16 anos. O que é que transmite aos seus alunos?
Ao longo destes anos, tenho presenciado muitas mudanças na música, no ensino e na nossa perceção do mercado de trabalho. No início, a minha abordagem era baseada em métodos rigorosos e uma dedicação extrema ao instrumento. No entanto, com o passar dos anos, percebi que, apesar da importância de um ensino metódico, é fundamental que a música seja acessível a todos. Independentemente do nível de talento, todos os alunos merecem ter acesso ao ensino musical. Como educadores e facilitadores da arte, devemos estar disponíveis para proporcionar essa experiência. Esforço-me para tornar cada aula o mais agradável possível para todos, sejam crianças de 10 ou 11 anos na escola ou adultos de 50 anos em aulas particulares. O meu objetivo é fazer com que a experiência musical seja uma hora positiva na semana e na vida dos alunos. Quero que, no futuro, eles olhem para trás e pensem com carinho nas aulas que tiveram comigo, lembrando-se de mim como alguém que contribuiu positivamente para a sua trajetória musical.
No âmbito do doutoramento, está a desenvolver um projeto de investigação sobre as obras de J.S. Bach e os 24 Prelúdios para piano de Fernando Lopes-Graça. O que levou a essa escolha?
Escolhi focar-me nas obras de Bach e os 24 prelúdios para piano de Lopes-Graça devido ao seu rico conteúdo e relevância histórica. O conceito dos 24 prelúdios para piano é particularmente fascinante porque abrange todas as tonalidades de forma escalonada, permitindo examinar o temperamento, a afinação e a divisão dos meios-tons no piano. Este formato proporciona, pois, uma excelente oportunidade para estudar o sistema de afinação do teclado. Bach elevou este formato a um novo patamar artístico com os dois volumes de “O Cravo Bem Temperado”, cada um composto por vinte e quatro prelúdios e fugas, abrangendo e replicando todas as tonalidades. Fernando Lopes-Graça dá um passo adicional ao incorporar elementos da música folclórica portuguesa, criando uma ponte entre a tradição clássica e a identidade cultural portuguesa. No meu pretendo investigar estas obras mas também colaborar com compositores contemporâneos para criar música nova que dialogue com estas peças históricas, uma abordagem que também reflete uma evolução no campo da investigação musical, que agora abarca o doutoramento em criação artística.
No que se refere à sua carreira artística, que tipo de repertório privilegia?
A nível do repertório, sempre fui eu quem decidiu, baseando-me no meu gosto pessoal. Procuro estruturar os programas de maneira a serem o mais abrangentes possível, dentro dos géneros musicais que naturalmente me atraem mais. Sou um pouco tradicional neste aspeto; prefiro não tocar peças de que não gosto, pois sei que não atingiria a excelência nelas. Prefiro concentrar-me nas obras que realmente aprecio e nas quais posso ser incrível, focando-me nessas interpretações ao invés de escolher repertórios apenas por haver financiamento disponível para eles. A maior parte dos concertos que dei resultaram de autopropostas. Sou eu que faço a gestão da minha carreira, abordo os organizadores e propondo os meus concertos. E estes últimos dois anos têm sido incríveis. Destaco o recital a solo no Museu Nogueira da Silva em Braga, com lotação esgotada, o Recital de Piano no Museu Romântico – Porto, Casa das Artes de Famalicão e o facto de ter sido selecionado para tocar a solo com a Orquestra do Algarve sob a orientação do maestro italiano Maurizio Colasanti e com a West Symphony Orquestra em Guadalajara – México.
Já atuou como solista em várias orquestras. Como é que descreve essa experiência?
Em primeiro lugar, sinto sempre um grande peso da responsabilidade. Como pianista, quando toco com uma orquestra, seja num concerto para piano e orquestra ou numa obra concertante, estou em destaque, o que automaticamente acrescenta uma camada extra de responsabilidade. Isso, por si só, já define o início da experiência e traz um entusiasmo particular, que é o de ser o solista que colabora com a orquestra.
Depois, há o lado profundamente imersivo de estar cercado por tantos músicos a executar a mesma peça. Quando toquei com orquestra no México, durante os ensaios, senti uma conexão quase palpável com os músicos. Conseguia ouvir as suas respirações sincronizadas com a minha, numa espécie de simbiose, e isto antes de tocarmos qualquer nota. É uma experiência humana intensa, quase apoteótica e transcendente.
Mencionou o Festival Internacional de Piano e Orquestra de Guadalajara, no México, em 2024, onde foi um dos três finalistas selecionados. Como é que encara os concursos nesta fase da sua carreira?
É sempre gratificante ser reconhecido, especialmente após uma trajetória com tantos altos e baixos. A minha participação no festival foi preparada com muito pouco tempo de antecedência. Decidimos gravar um repertório e enviá-lo, sem muita pressão ou expectativas. Ter sido escolhido como finalista foi muito motivante, tal como ter sido distinguido com o 2º prémio no Concurso Internacional de Piano da Calábria em 2023. No entanto, tenho que admitir que considero os concursos um pouco violentos. Tendem a causar mais dano do que bem. Por exemplo, após terminar a licenciatura, participei em um ou dois concursos e essas experiências foram bastante negativas e afetaram-me profundamente. Hoje, com a maturidade que tenho, talvez lidasse de forma diferente com essa situação. Mas, naquele momento, foi muito destrutivo. Há, claro, jovens e crianças pianistas que participam em concursos desde tenra idade e se adaptam bem a esse ambiente, mas é sempre difícil lidar com a e a autocrítica.
Qual foi o momento mais memorável da sua carreira?
Não consigo isolar um único momento. Há alguns anos, quando me afastei da música, passei por uma fase de profunda reflexão. Durante esse período, sonhei repetidamente que precisava fazer várias coisas: voltar a tocar piano, tocar com orquestras, estudar e atuar no estrangeiro, e gravar um CD. Estes não eram apenas sonhos fugazes; eram aspirações claras e poderosas que me motivaram a transformar essas visões em realidade. Atualmente, estou a concretizar todos esses sonhos que pareciam impossíveis. Por isso, cada um desses passos foi crucial para o bom momento em que me encontro agora.
Vai lançar o seu primeiro álbum em breve. Que outros projetos quer concretizar?
De momento, o meu primeiro álbum está em fase de edição e masterização, com a parte técnica a cargo da equipa. Eventualmente, vou começar a pensar no próximo projeto discográfico. Contudo, é importante salientar que o conceito de gravar um álbum está a mudar. Nos dias de hoje, a presença nas plataformas digitais é quase mais relevante do que o formato físico, apesar de ainda serem produzidos CDs, que são úteis para autógrafos e patrocínios. Aliás, na música erudita, essa tradição de gravar álbuns persiste e é valiosa, permitindo-nos afirmar que temos um repertório específico gravado, o que enriquece a nossa carteira de artista. No futuro, quero explorar não só o repertório canónico mas também o português, e talvez até o contemporâneo português, algo que ainda estou a estruturar mentalmente. Por exemplo, estou a considerar gravar as obras do compositor português Luís Costa, que tenho apresentado em concertos. Em termos de colaboração, quero trabalhar com outros músicos para expandir ainda mais o meu repertório e experiências. Quero ampliar a minha rede de contactos com orquestras e explorar o papel de programador musical. Há um mercado significativo para a música erudita, o que abre várias oportunidades para artistas que estão dispostos a se adaptar às necessidades. Este interesse é acompanhado de uma reflexão crítica sobre o que posso oferecer em troca. Frequentemente me pergunto, antes de enviar qualquer proposta: “O que tenho para oferecer?” Esta interrogação tornou-se fundamental no meu processo de elaboração dos programas e de abordagem às salas de concerto, e reflete uma mudança de paradigma. Como artistas, não podemos simplesmente esperar que as portas se abram sem mais nem menos; é essencial oferecer algo valioso e adaptado às necessidades do mercado.
Além da música, quais são os seus outros interesses?
Tenho vários interesses que ocupam um lugar importante na minha vida. Um deles é o exercício físico. Treino com regularidade, o que me ajuda física e psicologicamente a superar alguns momentos mais difíceis. O exercício físico é fundamental para gerir o stress e as exigências físicas de longas horas de prática ao piano, especialmente considerando as várias tendinites que já tive. Gosto muito de ver o canal História, visitar museus e ver desporto, especialmente ténis e Fórmula 1. Sou um grande fã dos Jogos Olímpicos; para mim, os atletas olímpicos são verdadeiros super-heróis. Vejo uma analogia entre músicos profissionais e atletas olímpicos, pois ambos combinamos alto desempenho emocional e criativo com a resistência física e técnica. A disciplina e a dedicação necessárias no desporto são também essenciais na música. Somos uma espécie de atletas de alta performance e os atletas olímpicos representam um modelo de excelência que procuro espelhar na minha prática artística.
Que conselho pode dar a jovens instrumentistas que estão a iniciar a carreira?
Principalmente, estar atento à gestão do tempo, porque é fácil perdermo-nos em horas infindáveis de prática sem perceber que isso já não é suficiente. Nos dias de hoje, não basta ter concursos ou concertos ocasionais. Antigamente, talvez um concerto num lugar renomado garantisse uma sequência de oportunidades, mas agora o cenário é diferente. Há muitos músicos talentosos, e mesmo artistas que já estão estabelecidos podem passar anos sem voltar a certas salas. É necessário dedicar tempo para compreender a profissão, estudar o mercado, e aprender sobre branding pessoal. É importante perguntar-se: "Quem sou eu como artista? O que tenho para oferecer? Quais mais-valias posso trazer?" Além disso, já não é suficiente apenas gravar um CD. A componente audiovisual tornou-se fundamental. É necessário criar vídeos e videoclipes, especialmente para plataformas como o Spotify e o YouTube e tirar partido das redes sociais. Se não forem bem geridas, as redes podem levar ao esquecimento do artista. Também é importante saber como financiar os projetos. Hoje em dia, é possível conseguir financiamento ou patrocínios que, além de ajudar a cobrir custos, podem tornar a proposta mais atraente para salas de espetáculo. Saber como aceder a esses recursos e usar o marketing digital de forma eficaz pode até resultar em melhores cachês.
O que é para si a música?
Sou uma pessoa reservada no que toca a manifestações emocionais e sentimentalismos excessivos. Era bastante religioso na infância, mas com o tempo tornei-me cético e distanciei-me dessas crenças. Para mim, a música encapsula tudo o que normalmente não expresso no dia-a-dia. Ela é sentimento, espiritualidade, e transcendência; alimenta-me de uma forma que poucas outras coisas conseguem. A música tem sido um canalizador e balanceador das minhas emoções. Muitas vezes, basta me sentar ao piano por meia hora, praticar escalas ou simplesmente desabafar tocando intensamente, e saio dessa experiência revigorado, como se tivesse corrido uma maratona. Portanto, para mim, música é emoção, sentimento e uma forma de transcendência, que não encontro na religião ou em interações humanas.
* Joana Patacas - Assessoria de Comunicação e de Conteúdos
Quer saber mais? Veja e ouça abaixo uma das suas performaces:
Poderá encontrar mais informações sobre João Paulo Moreira em:
Visite aqui a página de Artista SMARTx de João Paulo Moreira.
Acompanhe as nossas notícias para se manter informado sobre as últimas novidades dos Artistas SMART.