Ivo Silva

“Congrats with your confident performance! You presented yourself with your own style of conducting.” Pieter Jansen (Adjudication Report - WMC Kerkrade International Conductors Contest)

Depois de ter assistido a um concerto juntamente com o seu pai, numa romaria local, Ivo Silva decidiu iniciar os seus estudos musicais, aos 9 anos de idade, na Banda São Cristóvão de Rio Tinto. Ingressou, um ano mais tarde, no Conservatório de Música do Porto, na classe do professor Rui Brito. Licenciou-se na variante Sopros- Metais- Trompete, na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Porto, na classe do professor Kevin Wauldron.

Enquanto trompetista colaborou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e com a Orquestra Clássica do Sul. Foi vencedor do Concurso Interno de Sopros-Metais do Conservatório de Música do Porto em 2008. Premiado com uma Menção Honrosa (2013) e 3º prémio (2014) no Concurso de Trompete da Póvoa de Varzim e, em 2016, laureado com o 3º prémio do escalão sénior no Concurso Internacional de Instrumentos de Sopro “Terras De La Salette”. Em 2018 foi orientador da secção dos metais do 8º Estágio de Orquestra de Sopros da Banda Musical de Arouca, tendo nesse mesmo ano orientado a secção dos metais do VI Estágio de Orquestra de Sopros e Percussão da Escola de Música da Sociedade Filarmónica Sta. Cruz de Alvarenga.

Durante a sua formação académica enquanto instrumentista, despertou o interesse pela direção orquestral, começando por formar e dirigir pequenos grupos corais que se apresentavam em concertos com pequenos ensembles. Em 2014 organizou, e dirigiu um ciclo de concertos com a obra “Requiem” de G. Fauré, onde conseguiu reunir quatro coros e uma orquestra sinfónica. A direção coral impulsionou o seu gosto pela direção de orquestra, tendo-o levado, em 2016, à primeira eliminatória presencial do Prémio Jovens Músicos - Categoria Direção de Orquestra. Nesta experiência teve a oportunidade de trabalhar com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, tornando-se este o ponto de partida para o início da aventura sem termo do estudo de direção orquestral.

Começou por estudar direção com o maestro Fernando Marinho e, em 2020, concluiu o mestrado em Direção Orquestral na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do professor Jean-Marc Burfin. Desde então tem frequentado cursos com os maestros Douglas Bostock, Ernst Schelle, José Eduardo Gomes, Peter Rundel, Michalis Economou, José Rafael Pascual Vilaplana, Baldur Brönnimann e Jorma Panula.

Em 2021 gravou a premiére da obra Noturno "in Memoriam" de Victor Gomes com a Orquestra António Fragoso e o violinista Eliseu Silva. No final desse mesmo ano dirigiu o Remix Ensemble em contexto da sua Academia de Verão, trabalhando a obra “Pierrot Lunaire”, de Arnold Schoenberg, com a soprano Marianne Pousseur. Inserido no concurso Prémio Jovens Músicos - Direção de Orquestra, agora em 2022, teve a oportunidade de trabalhar com a com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Nesse ano participou II Academia Internacional de Direção, com a Orquestra de Cascais e Oeiras, e obteve o 2º lugar (ex aequo) no concurso de direção realizado durante a academia.

Paralelamente ao percurso com orquestra sinfónica, dedica-se também a orquestras de sopros e percussão. Foi maestro da Banda Musical Leverense (2016-2018) e é desde 2018 diretor artístico/maestro da Banda Musical de Arouca. Neste âmbito, em janeiro de 2023, foi semifinalista no VII Encontro de Direção Orquestral em Bilbao onde trabalhou com a Banda Municipal de Música de Bilbao e, em julho desse ano, participou no III Curso de Direção da Banda Municipal de Barcelona.

Em setembro de 2022 retomou os estudos de direção, na “Royal Birmingham Conservatoire”, na classe de direção do professor Daniele Rosina. Um ano mais tarde, foi selecionado para a 1ª Masterclass/ concurso de direção da Roménia, onde dirigiu a Orquestra Filarmónica de Pitesti. Em junho de 2024 foi selecionado para a 3ª Masterclass Internacional, em Kecskemét (HU), com o maestro Jorma Panula, onde pôde aprender com uma lenda viva do ensino da direção de orquestra a nível mundial. Recentemente dirigiu o Ensemble de metais da Banda Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e a Orquestra do Norte.

É fundador e diretor artístico do Septentrionalium Ensemble, um projeto criado com o intuito de desafiar alguns músicos profissionais da zona Norte a interpretarem repertório extremamente desafiante, e proporcionar ao público, para lá do concerto em si, uma viagem temporal e histórica pela história da música.